Não faltam elogios à forma como Antônio Carlos Zago conduz o grupo colorado e como busca soluções para o time em campo. Porém, o temperamento explosivo do técnico tem rendido bastante trabalho ao departamento jurídico do clube. Ele será julgado amanhã pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) pelo chute que deu no médico do Caxias no primeiro jogo da semifinal do Gauchão e, provavelmente, terá de regressar ao órgão antes do final do Gauchão para explicar um lance que ocorreu aos 10 minutos do segundo tempo da partida contra o mesmo Caxias, domingo, no Centenário.
Após um disputa ríspida próximo da sua área técnica, o volante Elyeser balançou o braço para trás e acertou, de leve, Zago. Após alguns instantes, ele jogou-se ao solo pretextando ter sido atingido pelo jogador do Caxias. O árbitro não deu atenção ao lance e mandou o jogo seguir. Depois, o técnico não admitiu a simulação. “Acho que ele foi se proteger e acertou o meu olho. Mas já ficou no campo”, disse.
Porém, o procurador Luiz Francisco Lopes já confirmou que irá analisar a súmula do jogo, que foi publicada ontem e não trata do lance, e pedir imagens da partida. Se achar que Zago assumiu conduta “contrária à disciplina ou à ética desportiva”, poderá apresentar denúncia contra ele com base no artigo do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena prevista é de suspensão de uma a seis partidas e o julgamento pode ser marcado já para a próxima semana. Ou seja, em caso de punição, ele poderá ficar de fora do segundo jogo da final contra o Novo Hamburgo.
Além dele, Luiz Francisco Lopes deve analisar o caso de Brenner. O centroavante foi expulso após o árbitro Daniel Bins marcar o pênalti contra o Inter, no segundo tempo. Na súmula, Bins afirma que recebeu “um empurrão nas costas com ambas as mãos”. A invasão de campo por parte de dois torcedores do Inter, apesar de ter ocorrido no Centenário, também foi relatada na súmula e pode complicar o clube nas finais do Gauchão.
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